Versátil, a soja é a principal cultura agrícola do Brasil. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2023, o país produziu mais de 147 milhões de toneladas do grão. Para manter esses números expressivos, que fazem do Brasil o maior produtor mundial de soja, os produtores precisam adotar estratégias eficazes para otimizar a fase inicial das lavouras.
Como otimizar o plantio da soja?
Para impulsionar a produtividade da soja, é essencial seguir algumas orientações de manejo já no pré-plantio. Aspectos como a época de plantio, condições climáticas, saúde do solo, velocidade do maquinário e sistema de plantio devem ser consideradas para o sucesso da safra. Vale destacar que a recomendação técnica especializada também desempenha um papel muito importante para obter uma boa produtividade.
Independentemente do cultivo, o planejamento prévio é essencial para o sucesso da atividade. Conhecer o histórico da área produtiva, por meio de análise de solo, é uma estratégia fundamental. A partir dos dados obtidos na análise, o produtor pode elaborar um plano de manejo para correção de adubação e controle de plantas daninhas, patógenos e pragas.
Época de semeadura
Segundo a Embrapa, a “época de semeadura é um dos fatores que mais influenciam no porte das plantas e no rendimento da soja”. No Brasil, a melhor época varia de acordo com cada região e suas características edafoclimáticas.
Por esse motivo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estabelece, anualmente, o calendário de semeadura da soja, adotado como medida fitossanitária, cujo objetivo é reduzir ao máximo o inóculo da ferrugem asiática, uma das mais severas doenças que acometem a soja.
Abaixo, confira o calendário de semeadura para a safra 2024/2025, divulgado pelo Mapa:
Fonte: Diário Oficial da União
Temperatura do solo e umidade
A temperatura do solo e a umidade também são importantes aspectos a serem observados antes do plantio. De acordo com a Embrapa, é mais seguro plantar em solo úmido. Assim, em regiões onde a primavera é precedida por períodos secos, a semeadura é aconselhada apenas após as chuvas reporem a necessidade de água do solo, para que haja melhor absorção de umidade pelas sementes.
Saúde do solo
A qualidade do solo é determinante para o sucesso da safra. Assim, é recomendado que seja realizada uma análise prévia detalhada do recurso, a fim de verificar a presença de nutrientes essenciais, como nitrogênio, potássio e fósforo, e corrigir possíveis deficiências.
O ideal é que a avaliação do solo seja feita três meses antes do plantio. A partir dessa avaliação, poderão ser necessárias correções com calagem, gessagem e/ou adubação.
Clima
Um estudo publicado pela Embrapa estabelece que a temperatura ideal para o plantio da soja varia entre 20ºC a 30ºC. Contudo, a imprevisibilidade do clima é vista por especialistas como um dos principais fatores de risco para a agricultura.
Temperaturas muito baixas inibem o crescimento e podem comprometer a colheita. As temperaturas muito elevadas, por sua vez, provocam a redução da taxa de crescimento das plantas, causam floração precoce, diminuem a retenção de vagens e a produtividade.
Velocidade do maquinário
Além de todos os cuidados já mencionados, a velocidade de plantio é outro ponto a ser considerado, já que promove a boa uniformidade de distribuição e profundidade das sementes.
Conforme orienta a Embrapa, a velocidade recomendada é de 4 km/h a 6 km/h, dependendo da uniformidade da superfície do solo.
Sistema Plantio Direto
O Sistema Plantio Direto (SPD) é uma das mais eficazes estratégias para melhorar a sustentabilidade da agricultura. A técnica possui três princípios básicos:
- Cobertura permanente do solo.
- Sistema de rotação de culturas.
- Mínimo revolvimento do solo.
De acordo com informações da Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto (FEBRAPDP), a prática colabora para a redução da erosão dos solos, da emissão de gases causadores do efeito estufa, bem como do uso de combustíveis fósseis e de defensivos agrícolas; o aumento da infiltração da água e a eficiência dos fertilizantes aplicados; e a recuperação da matéria orgânica, da biodiversidade e da resiliência do solo.
Estudos desenvolvidos pela Embrapa Soja comprovam ainda que o SPD aumenta a produtividade nas lavouras de soja em cerca de 30%, quando comparado ao sistema convencional. Os resultados da pesquisa revelaram que, em anos de seca, as lavouras sob a prática produzem até o dobro do que o método tradicional.
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