No campo, cada novo ciclo começa com decisões que podem definir o desempenho de toda a safra. O arranque inicial da soja, por exemplo, é determinante para o estabelecimento da cultura, permitindo que as sementes expressem seu teto produtivo.

É por isso que a origem da safra de soja exige uma série de cuidados preparatórios e preventivos, que fornecem as condições necessárias para a boa emergência e desenvolvimento inicial das plantas.

Confira, a seguir, as principais práticas para uma safra de sucesso desde a semeadura:

1. Preparo do solo: a base da produtividade

O solo é o alicerce da agricultura. Sua qualidade física, química e biológica está diretamente ligada à produtividade de todas as culturas.

Para torná-lo apto ao estabelecimento da lavoura de soja, as recomendações de tratamento do solo incluem:

• Correção de acidez e fertilidade: depois da análise de solo, para conferir sua estrutura e composição, é possível que o ambiente produtivo precise passar pela calagem, que corrige o pH do solo usando calcário, e a adubação, que promove os nutrientes essenciais à emergência das plantas.

• Descompactação: solos bem estruturados favorecem a emergência uniforme da lavoura e, consequentemente, seu melhor desenvolvimento. O processo de descompactação ainda otimiza o desempenho do maquinário em campo.
  
• Matéria orgânica e microbiota: a presença de “vida” no solo aumenta a disponibilidade de nutrientes e a capacidade de retenção de água, fatores decisivos para o estabelecimento e arranque. O Sistema de Plantio Direto, como veremos a seguir, é uma excelente alternativa para a promoção de matéria orgânica e microbiota.

 

2. Sistema Plantio Direto: sustentabilidade e estabilidade

A escolha do sistema de plantio é outro ponto fundamental para a formação da lavoura de soja. Neste cenário, o Sistema de Plantio Direto (SPD) desponta como uma estratégia que beneficia tanto o ambiente produtivo quanto a operação do produtor.

Cada um dos 3 pilares do SPD favorece o sucesso da semeadura:

• Cobertura do solo: mantém a umidade e protege contra variações bruscas de temperatura, promovendo uma germinação mais estável.
• Sucessão de culturas: além de contribuir para a fertilidade do solo, reduz a pressão de pragas e doenças já no início da safra.
• Resiliência climática: lavouras em SPD sofrem menos com os veranicos (períodos de tempo quente e seco que ocorrem no outono e inverno em algumas regiões do Brasil), oferecendo mais segurança ao arranque.

 

3. Sementes de qualidade: a origem do sucesso

Combinada ao solo, a semente é um fator-chave para todas as fases da safra, inclusive para o arranque inicial. Afinal, um solo tratado não é capaz de sanar todos os problemas que a semente pirata e/ou danificada pode causar.

É por isso que as sementes modernas, de pureza genética certificada, são essenciais para assegurar a uniformidade e estabilidade da lavoura. Essa performance, inclusive, pode ser prevista no planejamento do ciclo, uma vez que as sementes de qualidade possuem características pré-estabelecidas.

Além disso, o potencial de vigor e germinação das cultivares certificadas também promovem a emergência rápida e uniforme, o que dificulta a instalação de pragas e plantas daninhas no começo da safra.

A depender de cada cultivar e das biotecnologias a elas associadas, o pacote sanitário das sementes também colabora para o controle desses invasores. Confira no Folder Digital Neogen as melhores opções para a sua área.

4. Época de semeadura: redução de riscos

Vale destacar ainda que, além do sistema de plantio e da semente certa, a escolha da janela de plantio correta, de acordo com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), reduz os riscos de estresse hídrico no estabelecimento da cultura, favorecendo sua emergência.

Criado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o ZARC é uma ferramenta oficial que define, para cada município brasileiro, as janelas de semeadura mais seguras para reduzir os riscos climáticos à agricultura.

5. Tratamento de Sementes: proteção e eficiência

O Tratamento de Sementes Industrial, conhecido como TSI, é um recurso pré-plantio que amplia a segurança da lavoura contra fungos, pragas de solo e nematoides desde a germinação.

As sementes que passam pelo TSI recebem a aplicação de insumos como fungicidas, inseticidas e nematicidas, que ajudam a preservar o vigor e potencializar a genética da cultivar na fase inicial.

Por evitar perdas nos primeiros dias do estabelecimento da cultura, o TSI ainda impulsiona o desempenho fisiológico das plantas de soja, promovendo a uniformidade do estande.

Inovação além da produtividade

O sucesso da safra é feito da soma de fatores, que começa com a escolha da semente e passa pelo melhor manejo em todos os estágios de desenvolvimento da soja.

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