Visando otimizar a produtividade da safra, a etapa da colheita da soja exige uma série de cuidados prévios, que devem ser tomados em relação aos grãos, ao ambiente e ao maquinário utilizado na operação.
Negligenciar essas medidas pode acarretar uma série de problemas ao produtor, como avarias nas máquinas, danos físicos e, principalmente, perda de grãos. Nos tópicos a seguir, você confere 5 dos principais cuidados pré-colheita, que ajudam o agricultor a evitar esses transtornos:
- A dessecação pré-colheita
De acordo com a Embrapa, a dessecação realizada antes da colheita tem três objetivos centrais: uniformizar a área da soja, controlar as plantas daninhas e antecipar a colheita.
O processo é feito, então, com a aplicação de herbicida na lavoura, no estágio de maturidade fisiológica da soja, o que uniformiza a maturação de toda a cultura, bem como ajuda a dizimar possíveis plantas invasoras.
Com a antecipação da maturação, há a consequente antecipação do processo de colheita. Nesse sentido, vale pontuar que a dessecação ainda ajuda a reduzir a exposição da lavoura a diferentes patógenos, como pragas e agentes causadores de doenças.
Apesar de ser uma medida com foco na safra principal, a soja, a dessecação pré-colheita ainda otimiza o planejamento da cultura sucessora, permitindo que seu plantio também seja adiantado.
- O ciclo de vida da semente
Para planejar o momento adequado de colher, bem como o de realizar a dessecação, é fundamental respeitar o ciclo de maturação da variedade de soja cultivada. Isto é, o prazo em que a cultivar atingirá a sua maturidade.
Esse ciclo também varia de acordo com a região em que a semente é plantada. Por isso, o produtor deve conciliar o grupo de maturação à particularidade da cultivar.
- A maturidade fisiológica da soja
Tanto a dessecação quanto o ciclo de vida dizem respeito a uma mesma exigência: a fase de maturidade fisiológica das plantas. Ou seja, via de regra, a soja deve ser colhida depois do estágio R7, quando há a plena maturação da cultura.
Essa recomendação atenta ao nível de umidade dos grãos no momento da colheita, que deve estar entre 13% e 15%, a fim de potencializar o desempenho da colheitadeira e evitar o entupimento do maquinário.
- A regulagem do maquinário
As condições da colheitadeira e de seus componentes impactam diretamente o desempenho da operação. De forma geral, a má regulagem do mecanismo de corte e alimentação e a velocidade errada do molinete são ocorrências que frequentemente ocasionam perdas de grãos.
Além disso, componentes como facas e contranavalhas devem estar devidamente afiados, a fim de garantir cortes assertivos e, consequentemente, evitar a “vibração” excessiva das plantas (o que também pode provocar perdas).
É interessante lembrar que, além de melhorar o processo da colheita, a regulagem correta do maquinário também evita danos aos equipamentos, aumentando a vida útil destes.
- As condições climáticas
Por último, mas não menos importante, há ainda a interferência no clima na colheita. Nesse quesito, o produtor deve planejar a sua operação levando em conta a umidade do ar, que não deve estar baixa nem alta (para não interferir na umidade dos grãos).
Dias de temperaturas extremas e chuvas intensas também devem ser evitados, já que podem prejudicar o desempenho das máquinas e afetar o aspecto do solo.
Gostou dessas dicas? Clique aqui e confira outros artigos sobre o universo da soja! Veja também os nossos conteúdos exclusivos no Instagram, Facebook e YouTube.
Para encontrar a semente ideal para a sua área, acesse o portfólio 2024/2025 da Neogen.