A sustentabilidade é palavra-chave indispensável para pensarmos na produção de alimentos e commodities com quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades da população e das indústrias, mas também preservar os recursos naturais de forma a reduzir os impactos ambientais.
No plantio de soja, a abordagem sustentável, além de minimizar os impactos ao meio ambiente, promover o uso correto dos recursos naturais e preservar a biodiversidade, também tem um impacto positivo na forma como a sojicultura brasileira é vista pelo mercado externo – quanto mais sustentável, mais valorizada e respeitada.
Esse assunto importante está em pauta atualmente e é preocupação e prioridade dos produtores de soja brasileiros. Por conta disso, em matéria publicada no Canal Rural no final de 2022, Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), afirma que a “nossa produção de soja é a mais sustentável do planeta”.
Separamos então alguns indicativos de sustentabilidade na plantação de soja. Confira:
Sistema de Plantio Direto
O Sistema de Plantio Direto é o mais indicado para o manejo sustentável de soja, consistindo em plantar a oleaginosa diretamente sobre a palhada do plantio anterior, sem arar o solo. Essa técnica tem como objetivo preservar a qualidade do solo e reduzir a erosão. De acordo com a Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto (Febrapdp), a meta é chegar a 2030 com 75% de área plantada por meio desse sistema sustentável, o que deve impactar também a sojicultura, aumentando ainda mais a utilização desse manejo.
Dentro das diretrizes da Embrapa sobre o Plantio Direto, também se destaca a rotação de culturas, que é a alternância planejada de cultivares na mesma área de plantio. Segundo informações da Mais Soja, a rotação de culturas é “uma forma eficiente de reduzir os impactos ambientais provocados pela monocultura, melhorando as condições físico-químicas e biológicas do solo no longo prazo. Além disso, a rotação de culturas reduz a incidência de doenças, plantas daninhas e pragas (favorecendo a quebra do ciclo de vida delas)”.
Sequestro de carbono
Entre os pontos de sustentabilidade destacados por Antonio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, está o fato de que a lavoura de soja sequestra mais carbono do que expele. As questões referentes ao carbono também são protagonistas do Programa SBC – Soja Baixo Carbono: um novo conceito de soja sustentável, da Embrapa, que destaca que é possível reduzir em torno de 50% das emissões de CO2-eq com o uso de tecnologia integrada ao sistema de produção da soja. Além de bons resultados para o meio ambiente, isso também pode trazer maior produtividade, mais estabilidade, melhor uso de insumos e da terra e alto desempenho econômico.
Áreas de Preservação Permanente
Segundo informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a Área de Preservação Permanente (APP) é a lei florestal que determina que as áreas situadas perto de qualquer curso d’água têm com área de proteção permanente uma faixa que varia de tamanho. “A vegetação situada em APP deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. Alterações na vegetação nativa de APP somente poderão ocorrer nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental, conforme previsão da lei.”
Antonio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, chama atenção para o fato de que 33% das Áreas de Preservação Permanentes estão dentro de propriedades rurais, o que reitera o compromisso dos produtores com as reservas legais e com o meio ambiente.
Três pilares da sustentabilidade (social, econômico e ambiental)
De acordo com Amélio Dall’Agnol, pesquisador da Embrapa Soja, é preciso lembrar dos três pilares da sustentabilidade quando pensamos numa sojicultura sustentável. Mais do que proteger o meio ambiente, é preciso que a soja seja economicamente viável e que também tenha responsabilidade social, com foco principalmente nos trabalhadores envolvidos na cadeia produtiva. Boas práticas socioambientais serão cada vez mais exigidas, e o Brasil, como maior produtor de soja do mundo, precisa se manter atento a essas importantes demandas. “Já não basta fornecer produtos de qualidade aos mercados mais exigentes. Precisa provar, também, que esses produtos foram obtidos obedecendo os critérios de boas práticas agrícolas e sociais ao longo de toda a cadeia produtiva”, completa Amélio.
Genética avançada
A genética avançada é um dos pilares sustentáveis indicados pela Embrapa Soja, que ressalta como o melhoramento genético contribui para a melhor qualidade de grãos, assim como para a maior resistência a doenças. Dentro desse cenário, as sementes Neogen são certificadas e desenvolvidas com um rígido controle de qualidade. Por meio de biotecnologias, oferecem mais resistência e melhor potencial produtivo de acordo com a necessidade de cada região de plantio.
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