Não há um produtor de soja que não a conheça. Chegada ao Brasil no ano de 2001, é considerada uma das mais severas doenças da cultura em todo o mundo, podendo causar prejuízos drásticos em lavouras inteiras.
Estamos falando da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, doença que pode provocar perdas de até 90% de produtividade, segundo o Consórcio Antiferrugem.
No Brasil, a ferrugem está na memória dos agricultores, já que, por aqui, na safra 2005/2006, ocasionou o prejuízo total de cerca de US$ 2,2 bilhões (aproximadamente R$ 12,5 bilhões, na conversão monetária atual) considerando perdas de produção e custos com o controle da doença.
Diante de tamanho impacto, no entanto, alguns mitos podem circular sobre a ferrugem asiática, confundindo informações e provocando percepções erradas a respeito de seu controle. Para entender melhor essa doença, confira uma lista com 5 mitos e verdades a respeito da ferrugem:
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A consequência da ferrugem é a perda de plantas
Mito em partes: Além das perdas totais, as plantas de soja atacadas pelo fungo podem sobreviver e gerar grãos com teores de óleo e proteína reduzidos. Isto é, a ferrugem afeta diretamente a qualidade dos grãos.
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É possível que os grãos já colhidos contraiam ferrugem
Mito: A ferrugem asiática ataca somente plantas vivas, especialmente suas folhas. De acordo com a Embrapa, a contaminação pelas sementes é praticamente nula.
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Hoje, a ferrugem asiática é considerada erradicada no país
Mito: Mesmo com o avanço das tecnologias de controle, a doença exige a atenção total dos produtores de soja em todas as safras. A alta capacidade de dispersão do fungo Phakopsora pachyrhizi é um dos principais fatores que impedem a sua erradicação.
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Outros cultivos podem ser contaminados pela ferrugem
Verdade: Segundo a Embrapa, mais de 150 espécies da família Fabaceae, que compreende as leguminosas, podem hospedar a doença. Esse é um grande risco para a soja, já que essas plantas podem atuar como “ponte verde” para o fungo, mantendo-o vivo entre as safras.
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O clima do Brasil favorece a ferrugem
Verdade: Esse fator não é mito! O Phakopsora pachyrhizi prefere ambientes quentes e úmidos, assim como o clima predominante do nosso país. É por esse motivo, somado ao fato de que somos os maiores produtores de soja do mundo, que se acredita que o Brasil é o país com o maior índice de ferrugem asiática em todo o globo.
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