Com a colheita da soja avançando pelo país, é chegada a hora de começar o planejamento para a próxima safra. Nessa missão, a antecipação é sempre bem-vinda, ajudando o(a) agricultor(a) a se proteger contra eventuais problemas nas etapas futuras, sobretudo durante o plantio.
A seguir, você verá os principais tópicos para planejar-se com assertividade, pensando em atitudes preventivas e na otimização do seu tempo. Confira:
Vazio sanitário e controle de patógenos
No Brasil, depois da colheita, é obrigatório que o sojicultor cumpra o vazio sanitário. A medida fitossanitária, instituída pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a cada safra, consiste em conservar a área produtiva sem plantar ou manter plantas vivas de soja por, no mínimo, 90 dias consecutivos.
O objetivo do vazio sanitário é o controle da ferrugem asiática da soja, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Sem plantas de soja no ambiente, é possível reduzir o inóculo da doença, evitando seus danos potencialmente severos nas lavouras de soja.
Além da ferrugem, o agricultor também deve aproveitar o pós-colheita para eliminar plantas daninhas, que podem servir como ponte verde para pragas e doenças. Isto é, como “apoio” para que esses patógenos se disseminem de uma safra a outra.
A depender das plantas daninhas identificadas no ambiente, é possível que o(a) agricultor(a) tenha que fazer o controle de plantas resistentes com o uso de herbicidas. Nesse caso, é de extrema importância a rotação de ativos entre as safras, a fim de não criar resistência entre as daninhas.
Vale destacar que as boas práticas do Manejo Integrado de Pragas (MIP) são fundamentais para o controle das plantas daninhas resistentes. A integração de diferentes métodos de controle – cultural, mecânico, químico e biológico – dificulta a perpetuação de espécies daninhas e o surgimento da resistência a ativos. Além disso, o MIP ainda promove a sustentabilidade, uma vez que otimiza o uso dos defensivos.
Cuidados com o solo
Para otimizar o vazio sanitário e o período da entressafra, uma boa alternativa é o uso de plantas de cobertura: espécies que são cultivadas com o propósito de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo.
Permanecendo por todo o ciclo naquele ambiente, as plantas de cobertura ajudam o solo a:
- Combater a erosão
- Fortalecer sua estrutura
- Reter a umidade
- Aumentar sua porosidade
- Reduzir os riscos de compactação
- Agir como isolante térmico
- Contribuir com o controle de patógenos
Do mesmo modo, é também possível fazer o cultivo de plantas com fins comerciais – a exemplo do milho e do trigo -, que também trarão benefícios ao solo e ao ambiente, de forma geral. É o processo chamado de sucessão de culturas.
Embora esses cultivos demandam mais cuidados, em comparação com as plantas de cobertura, eles ajudam a aumentar o rendimento das áreas produtivas ao longo de todo o ano.
Análise do solo
É importante lembrarmos que, além das medidas citadas anteriormente, é muito importante que o produtor realize a análise do solo periodicamente, a fim de detectar eventuais deficiências nutricionais e outros problemas em suas condições.
Confira as orientações da Embrapa Soja para realizar esse processo.
Dados valiosos
O pós-colheita é o momento-chave para utilizar os dados obtidos através de ferramentas de agricultura de precisão, visando otimizar o planejamento de diversas tarefas e decisões. Por exemplo:
- Compras: baseado no histórico das safras, é possível prever o quanto será necessário de cada insumo, como defensivos e fertilizantes.
- Prazos: do mesmo modo, o produtor pode antever em quais momentos ele aplicará tais insumos.
- Ocorrências: ferramentas de AP monitoram o surgimento de pragas e doenças durante as safras, auxiliando o agricultor a identificar os talhões que exigem mais atenção.
- Projeções: é possível ainda estabelecer um calendário prévio das etapas da safra, bem como projetar outros índices, como o de rendimento.
Quanto mais tempo se usa as ferramentas de AP, mais dados elas são capazes de processar e, portanto, mais assertivas e funcionais serão. Por isso, caso você ainda não use essas tecnologias em campo, aproveite a entressafra para conhecer opções que solucionem suas necessidades.
A escolha da semente
Todo o planejamento de safra é potencializado pela escolha certa da cultivar, que deve atender às necessidades de cada ambiente produtivo. Atualmente, o produtor não precisa sequer sair de casa para fazer uma pesquisa detalhada e inteligente por sementes certificadas e de alta qualidade genética.
No Folder Digital Neogen, por exemplo, o 1º folder interativo do agronegócio brasileiro, é possível consultar todos os detalhes e recomendações das cultivares Neogen para o Sul e o Cerrado, além de entrar em contato com um consultor Neogen sempre que precisar.
Para conferir, acesse já: neogensementes.com.br/folderdigital
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